Número de pedidos para perícia ultrapassa 600 mil
– Por Milton Dantunes, atualizado às 14h00
Em meio a diversas iniciativas para reduzir a fila de pedidos de benefícios, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aumentou a quantidade de análises em agosto em 10%. No entanto, apesar desse aumento, o estoque de pedidos ainda permanece alto, com 1,69 milhão de segurados aguardando o processamento de solicitações de aposentadoria, pensão ou auxílio. Esses números foram divulgados recentemente pelo INSS.
No último mês, o INSS recebeu 880 mil novos pedidos e analisou um pouco mais de um milhão, o que representa um aumento de 17% em relação a junho. No entanto, a fila diminuiu apenas 5%, passando de 1.794.449 requerimentos em junho para 1.691.637 em agosto. Analisando apenas os pedidos de análise administrativa, como aposentadoria e pensão por morte, houve uma queda de 11%, de 1.197.750 para 1.054.210.
Os pedidos que dependem de perícia médica, como auxílio-doença, aumentaram em 6,8%, passando de 596.699 para 637.427. Considerando também os pedidos para o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) para pessoas com deficiência, que também requerem perícia, o volume total chega a 1.074.841.
Os estados com as maiores filas são São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. Para lidar com essa situação, o INSS implementou estratégias como mutirões de perícia, bônus para servidores e a expansão do sistema Atestmed, que permite o envio de laudos médicos pela internet para análise de médicos peritos à distância. Além disso, estão sendo exploradas soluções como o uso de atestados concedidos por médicos do SUS e a possibilidade de telemedicina para afastamentos de até 90 dias.
Uma outra tática empregada pelo Ministério da Previdência Social e pelo INSS consiste na organização de mutirões de perícia e avaliação social em diversas regiões do país, com o intuito de atacar o problema da fila de pedidos de BPC/Loas.
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Além disso, houve uma expansão do sistema Atestmed. Esse sistema permite que segurados que buscam benefícios por incapacidade temporária (anteriormente conhecido como auxílio-doença) enviem laudos e atestados pela internet para serem analisados remotamente por médicos peritos. Essa iniciativa teve início durante a pandemia e devido à demora na marcação de exames periciais nas agências, e recentemente foi ampliada.
