Redução no juros do consignado será implementada em 5 Dias

O CNPS aprovou e os bancos não gostaram

Liryel Araújo

Uma decisão importante foi tomada recentemente, ela promete aliviar o bolso de muitos beneficiários. O  Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma nova redução nos juros máximos e quanto podem cobrar nos empréstimos consignados. Essa medida pode parecer pequena, porém tem significativa força, ela traz alívio nas duras condições de crédito para aqueles que dependem do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Em poucos dias os juros para empréstimos que foram realizados com desconto direto na folha de pagamento serão reduzidos de 1,68% para 1,66% ao mês, caindo 2%. Para aqueles que optarem pelo cartão de crédito consignado, a taxa passará de 2,49% para 2,46% ao mês, caindo 3%. Essas mudanças entrarão em vigor em até cinco dias úteis, após a publicação da decisão final no “Diário Oficial da União”.

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito em que o pagamento das parcelas é realizado diretamente na folha de pagamento do salário ou benefício do contratante. Isso traz uma segurança maior para as instituições financeiras que podem reaver seu dinheiro tirando ele diretamente da renda da pessoa que pediu, geralmente resulta em juros mais baixos quando comparado a outras formas de empréstimos pessoais.

Por que aconteceu essa redução nas taxas de juros do empréstimo consignado?

A decisão de diminuir o teto dos juros vem em um contexto de cortes sucessivos na taxa Selic, que são efetuados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Recentemente, a Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano, caindo cerca de 25%, alteração que influencia diretamente na economia. Essa adaptação feita nas taxas de juros de empréstimos consignados visa acompanhar esse movimento diretamente, proporcionando condições mais justas e acessíveis aos beneficiários do INSS.

Reação dos bancos    

Como era de se esperar, se os juros caem, a reação dos bancos nunca vai ser totalmente positiva. A justificativa apresentada por eles é que a taxa básica de juros, a Selic, que foi usada para medir a queda dos juros de consignado, não reflete diretamente no custo de captação de dinheiro do banco. E esse é o motivo pelo qual não querem alterações e desejavam manter o teto anterior. Além disso, eles apontam a redução de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve e a crise no estado do Rio Grande do Sul como grandes fatores de pressão econômica que deveriam ser levados em consideração. 

Para analisar a situação de forma panorâmica, será feita uma reunião de um grupo de trabalho especificamente criado para avaliar tanto as propostas dos bancos quanto o contexto financeiro atual. As conclusões da análise podem levar a novas mudanças ou ajustes nas taxas que são atualmente aplicadas. 

Impacto para a população

A redução, embora pareça pequena, é uma notícia bastante positiva para milhões de brasileiros que dependem do crédito consignado para gerir suas finanças. Nos tempos econômicos desafiantes que vivemos, cada pequena economia que fizermos já faz uma grande diferença no orçamento mensal. Esse novo teto de juros facilita, mesmo que pequeno, não altera apenas o acesso ao crédito, mas também contribui para um pagamento mais suave das dívidas feitas.

 

Saiba Mais:

PEC 03/2022 é uma ameaça: diga não para a privatização das praias brasileiras

A Justiça libera R$2,3 bilhões para aposentados e pensionistas que ganharam ações contra o INSS.