As aposentadorias do INSS serão reajustadas em 3,71%, sem considerar aumento real, o teto deverá ir para R$ 7.786,01.

O cálculo leva em conta a variação do INPC em 2023 e não se aplica para quem recebe o mínimo, que passa a ser de R$ 1.412

Por Milton Dantunes | 13:15 
Aqueles que recebem aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) superiores a um salário mínimo deverão ter um aumento de 3,71% em seus benefícios ao longo de 2024.   Esse acréscimo está vinculado ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), um indicador divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o resultado deverá ser oficializado nesta quinta-feira (11).Este índice avalia a variação dos preços para famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos. Para a oficialização do reajuste, é necessário aguardar a publicação no Diário Oficial da União. O governo federal informou que a portaria conjunta do Ministério da Previdência Social e do Ministério da Fazenda, com o reajuste dos benefícios acima do mínimo, será publicada nos próximos dias.INFLAÇÃO PODE IMPACTAR VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO EM 2024; SAIBA MAISINSS ANUNCIA MUDANÇAS NO BPC A PARTIR DE 2024Os novos valores começarão a vigorar neste mês para mais de 39 milhões de aposentados e pensionistas. A primeira parcela do ano será paga entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Com a aplicação do INPC, já o teto dos benefícios pagos pelo INSS deve aumentar de R$ 7.507,49 para R$ 7.786,01. Apesar do aumento positivo nos benefícios, é importante notar que o reajuste projetado não representa um aumento real, pois corresponde apenas à reposição da inflação. A legislação estabelece que, para os beneficiários que recebem acima do piso do INSS, a correção deve levar em conta apenas a variação do INPC do ano anterior.

Simulação

Veja algumas simulações dos benefícios do INSS considerando o reajuste de 3,71% a ser aplicado para quem recebe acima do salário mínimo em 2024. Os valores dos benefícios passarão a ser: • de R$ 2.000, passa para R$ 2.074,20; • de R$ 4.500, passa para R$ 4.666,95; • de R$ 5.000, passa para R$ 5.185,50; • de R$ 6.000, passa para R$ 6.222,60; • de R$ 7.507,49, passa para R$ 7.786,01.

Salário mínimo

Ao contrário dos beneficiários do INSS que recebem quantias superiores a um salário mínimo, aqueles que auferem o salário-base experimentarão um aumento superior à taxa de inflação. Desde o primeiro dia de janeiro, o valor do salário mínimo foi ajustado para R$ 1.412, representando um acréscimo de 6,97%, ou R$ 92, em comparação ao piso de 2023, que era de R$ 1.320.Além de impactar as aposentadorias e pensões do INSS, esse valor também se reflete em benefícios como seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e BCP (Benefício da Prestação Continuada), entre outros.O reajuste do salário mínimo está em conformidade com a recente legislação de valorização, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em agosto. Essa nova abordagem leva em consideração dois principais indicadores: o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e a taxa acumulada de 3,85% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses até novembro.A implementação dessa fórmula visa preservar o poder de compra do salário mínimo e, em cenários de crescimento econômico, possibilitar seu aumento. Sem a adoção dessa política de valorização, o salário mínimo seria ajustado apenas pela inflação, conforme estipulado pela Constituição Federal, resultando em um valor aproximado de R$ 1.370.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos beneficiários de aposentadorias e pensões acima do mínimo vem sendo o chamado achatamento do poder de compra, diante da falta de reconhecimento ao ganho real, a cada ano uma parcela desses beneficiários passam a ganhar um único salário, isso vai contra o tempo que esses contribuíram para ao final de sua vida laboral pudessem contar contar com um benefício condizente aos ses anos de contribuição com valores maiores.Veja os últimos reajustes do salário mínimo 2024 – R$ 1.412 (6,97%) 2023 – R$ 1.320 (8,91%) 2022 – R$ 1.212 (10,04%) 2021 – R$ 1.100 (5,2%) 2020 – R$ 1.045 (4,7%) 2019 – R$ 998 (4,6%) 2018 – R$ 954 (1,8%) 2017 – R$ 937 (6,48%) 2016 – R$ 880  (11,6%)