INSS: AUTOMAÇÃO GEROU MAIS DE 60% DE PEDIDOS NEGADOS

Automação do INSS não simplificou processos e aumentou porcentagem de pedidos negados

 

 

– Por Redação, atualizado às 17h30

 

 

Um recente relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou vulnerabilidades no processo de automação das análises de requerimentos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), implementado em 2022. Contrariando as expectativas, a automação não simplificou o processo, resultando em um aumento significativo nas negativas.

 

Segundo a auditoria, o percentual de indeferimentos automáticos saltou de 41% em 2021 para 65% em 2022, alcançando o maior índice desde 2006. A CGU apontou a falta de análise de risco e planejamento adequado pelo INSS como os principais problemas.

 

Dada a complexidade da análise previdenciária, com normas em constante evolução, documentos diversos e dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis), a automação muitas vezes depende da análise humana. A CGU ressaltou a necessidade de aprimorar a metodologia do INSS para reduzir as negativas excessivas.

 

 

Embora ajustes na gestão e maior transparência nas análises automáticas sejam viáveis, a solução essencial reside na contratação de mais servidores. Isso se deve à crescente substituição gradual do trabalho humano por máquinas na área previdenciária, o que compromete a sensatez nas avaliações de benefícios.

 

 

Atualmente, o INSS possui 19.510 servidores ativos, em comparação com o dobro em 2013. O relatório sublinha a importância da intervenção humana em atividades analíticas críticas, destacando a necessidade de equilibrar a priorização entre robôs e humanos.

 

As estatísticas indicam que a decisão de favorecer robôs em detrimento dos humanos tem impacto negativo nos segurados, resultando em uma probabilidade de 65% de terem seus pedidos negados. Essa situação ressalta a urgência de adotar medidas para tornar o serviço previdenciário mais equitativo no país.