Em Julho de 2024 começa o pente fino para alguns aposentados e pensionistas na intenção de sanar dívidas do governo com dinheiro dos beneficiados.
Liryel Araújo
O governo federal estima uma economia de até R$30 bilhões em 2025 com o pente-fino em benefícios sociais. É uma ideia muito mirabolante, visto que não tem essa quantidade de beneficiados no Brasil atualmente. A ideia é fazer uma revisão das listas de beneficiários que recebem de forma irregular benefícios de prestação continuada (BPC) e por incapacidade, além do Bolsa Família.
Segundo interlocutores do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a equipe econômica está em campo, trabalhando bastante “na ponta do lápis” para fechar todas as contas da proposta de orçamento de 2025, que deve ser enviada para aprovação até o dia 31 de agosto, que já vai contar com as estimativas.
Outras revisões também podem se somar aos esforços do governo, como mudanças no Proagro e na aposentadoria rural.
O tema começou a ser debatido com o presidente em reunião com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Carlos Lupi (Previdência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), que ocorreu na última quarta-feira (19 de junho).
A revisão dos benefícios sociais tem o intuito de conter despesas e garantir a eficiência dos gastos públicos, além de garantir a meta de zerar o déficit das contas públicas, tudo isso com dinheiro de quem tanto lutou pela economia do país: os mais velhos.
Desde o ano passado o Tribunal de Contas da União (TCU) vem trabalhando junto às equipes dos ministérios do Planejamento e da Previdência e aponta problemas nos cadastros de beneficiários, além de acompanhar a evolução desses números.
O governo contra o idoso?
Nunca houve unanimidade entre os poderes legislativo, executivo e judiciário, sobre nenhum tema sequer, a não ser quando o assunto é lapidar os direitos conquistados por milhões de idosos, entre eles aposentados e pensionistas da previdência social.
“Programas eventuais de revisão ocorridos no passado atenderam a legislação de maneira pontual. O que está sendo estruturado é que se deseja a incorporação da atividade de modo permanente. A expectativa é de iniciar o cumprimento da determinação do TCU ainda no segundo semestre.” E essas são as informações fornecidas por Adroaldo Portal, Secretário de Regime Geral de Previdência Social, ao jornalista Milton Dantunes.
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